Já o escrevi numa rede social: os sindicatos dos bancários são como as Obrigações de Contingência dos Bancos, pois designam-se como "CoCo's"!!!!
Os bancários estão entregues à "bicharada". Todos nós deixamos que isto resvalasse para uma situação de total ausência de respeito. A culpa é nossa.
Eu tentei dar o meu contributo, participando numa "aventura" de uma candidatura independente ao SBN, mas os bancários não quiseram mudanças. Quiseram o CoCo do costume: ser (mal) administrados por interesses pessoais e partidários.
Relatei aqui a minha revolta pelo caso do Millennium bcp em concreto e da respetiva Comissão de Trabalhadores. Em vez de assumirem com humildade o falhanço completo de longos anos de "establishment" na comissão de trabalhadores, fui atacado indecentemente como se estive a dizer algo merecedor de censura. Era a mais pura das verdades! Mas as direções dos sindicatos, bem como alguns sindicalistas, não podem viver com a verdade. Preferem a fantasia...
"As nossas direcções sindicais? Preguiçosas, incompetentes e medrosas. Têm um argumento irrefutável: representam as pessoas que pensam o sindicalismo como eles."
«DESMONTEMOS OS FALSOS ARGUMENTÁRIOS
Alguem se recorda dos argumentos apresentados nos últimos 20 anos para introduzir as externalizações de tarefas e o outsourcing na banca?
Nós recordamos. Iam tornar as instituições mais competitivas, fazer baixar o preço de produtos e serviços bancários, melhorar a sua qualidade, libertar os quadros para tarefas mais proactivas e de valor acrescentado.
Talvez seja chegada a altura de perguntar aos clientes o que pensam dos preços e qualidade dos serviços prestados pela banca, se não tivermos ainda tirado conclusões.
A competitividade da banca está à vista: metade dos bancos portugueses está em dificuldades, sendo que dois ou três em situação de falencia. Agradeçamos aos seus quadros superiores, que, ao contrário do bancário comum, viram salários e prémios aumentar exponencialmente. Atentando às suas retribuições, seria de esperar executivos brilhantes que iriam levar as suas empresas a bom porto, ultrapassando escolhos e dificuldades. Não aconteceu.
Em relação aos bancários, está tudo dito. Sentimo-lo na pele. As direcções sindicais reagiram com, digamos, até obtermos provas em contrário, passividade, perante a crescente externalização dos serviços da banca. E nós , classe bancária, tudo permitimos.
Era certo que, a curto prazo, os fundos de pensões iriam ter problemas e seriam de alguma forma descartados para o Estado. Sem bancários novos a descontar, como iriam sobreviver? Mais uma vez, complacencia das direcções sindicais, mais preocupadas em promover viagens, torneios de futebol e excursões pedestres.
Agora, no espaço de pouco mais de um ano, foram-se os fundos de pensões; foram-se os empregos certos; e ir-se-à ao ACT bancário, se não reagirmos.
Tiremos o chapéu às administrações dos bancos : os seus planos foram e estão a ser concretizados ao milimetro. Aliàs, agiram brilhantemente.
As nossas direcções sindicais? Preguiçosas, incompetentes e medrosas. Têm um argumento irrefutável: representam as pessoas que pensam o sindicalismo como eles.
Mas, no fundo, a grande parte da culpa é dos bancários. Tudo permitimos a esta gente, tudo aceitamos, e estamos a pagar a factura».
Fonte: MUDAR Bancários
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