Acontece que a palhaçada legal não passou disso mesmo e ficou livre para acalentar, novamente, o desejo de ter um cargo importante na Europa.
Qualquer um de nós pode ter os seus próprios desejos e esperanças em relação às suas vidas. Mas não é qualquer um que pode aceder a este cargo político. E, a julgar pelos ataques constantes dos políticos na então oposição (PPD PSD incluído), todos lhe viam o potencial para um cargo de altíssima responsabilidade na União Europeia. Estavam sempre a falar disso.
E, pronto, já é Presidente do Conselho Europeu. Neste cargo terá que colocar toda a sua capacidade de negociador nato para conciliar as políticas de diversas ideologias, sensibilidades e países, numa só coisa: Política Comum Europeia.
Não é pouco. Sobretudo num tempo crivado de divisões antagónicas a rivalizar com o sentido de destino comum que a todos nos devia nortear.
Não é certo que seja tarefa fácil, logo agora que partidos extremistas estão a minar o espírito dos Tratados de Roma, Maastricht e Lisboa.
Espero que tenha sucesso. Afinal de contas, nós ouvimos quase em permanência a "extrema direita" isto ou aquilo, mas 80% dos eleitores da Europa votou na direita clássica, nos sociais democratas e nos liberais.
Era bom que se percebesse que essa gente que desestabiliza a Europa NÃO SÃO A MAIORIA.
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