Nos Países Baixos, no momento em que escrevo, ainda não está concluída a contagem dos votos, mas parece que o partido de centro-esquerda D66 tem a vitória assegurada e terá a incumbência de tentar formar governo.
Tudo normal. É a democracia a funcionar.
Que também funcionou quando, nas eleições legislativas anteriores, foi o Partido da Liberdade (PVV), liderado por Geert Wilders, que venceu.
Essa vitória tinha representado uma guinada à direita na política daquele país. Para regozijo dos muitos partidos de extrema-direita europeus.
O partido PVV é conhecido pelas suas posições anti-islâmicas e eurocépticas, o que gerou forte impacto político tanto nacional quanto internacional. Tentou por diversas vezes formar governo e não conseguiu.
De polémica em polémica, acabou por perder eleitores, tendo-se registado agora um empate técnico, mas com vantagem tangencial para a esquerda.
Quero concluir com uma ideia que tenho vindo a realçar com alguma insistência: a todos os fascistasinhos que por aí andam a "sair do armário", que dizem que "a esquerda se vai extinguir", agora "é que vai ser", porque o partido fascista português vai acabar por ganhar e vai ser todo um paraíso, etc. quero-vos dizer que NÃO. Não, a esquerda só vai ficar mais forte com as ascensão da extrema-direita. O povo vai ver a miséria e a falta de ideias para o mundo. E vai reagir.
Nos Países Baixos, ao que parece, e para já, já perceberam.
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