22 outubro 2011

Principais Alterações - Proposta do Orçamento Estado 2012

Resumo das principais alterações  

Proposta -  O E 2012

 

IRS - limites às deduções fiscais a partir do 3º escalão

Contribuintes dos dois últimos escalões não poderão apresentar qualquer despesa com saúde, educação ou imóveis

Os contribuintes que estejam integrados no terceiro escalão de IRS apenas vão poder deduzir despesas com saúde, educação ou imóveis até um máximo de 1.250 euros. É o que consta na versão final da proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2012.

Os dois escalões de rendimento mais reduzido continuam sem limites nas deduções à colecta, de acordo com o documento a que a Lusa teve acesso.

Mas, a partir daí, há novos tectos nas deduções: um limite de 1.250 euros no terceiro escalão, 1.200 euros no quarto escalão, 1.150 euros no quinto e 1.100 euros no sexto escalão.

São assim quatro os escalões de IRS que ficam sujeitos a limitações, sendo que os contribuintes que tiverem rendimentos que se integrem nos dois escalões de rendimento mais elevados não poderão apresentar qualquer despesa.

A majoração para cada dependente e afilhado civil aos limites introduzidos entre o segundo e o sexto escalão é de 10% por cada um destes dependentes que não seja sujeito passivo de IRS, ou seja, que ainda não desconte.

Saúde: deduções limitadas a 10%

O Governo pretende ainda
limitar a 10% as despesas de saúde que os contribuintes podem deduzir no IRS. Também as deduções com a habitação ficam limitadas, desta feita, a 15%.

No caso de pais divorciados, o Governo
cortou o montante a deduzir com pensões de alimentos.

Aumenta ainda a tributação sobre o
subsídio de refeição, que passa a pagar mais IRS.

No entanto, está prevista uma majoração desta dedução para as famílias com três ou mais dependentes a seu cargo.

Calculo: os aumentos no IRS

 

 

IVA: contribuintes podem deduzir 5% das compras do dia-a-dia

Os contribuintes vão passar a poder deduzir aos impostos o IVA que suportam nas compras correntes que efectuam todos os dias, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2012 (OE2012).

Mas não só: há
alterações de produtos nos diferentes escalões do IVA, e curiosidades como a manutenção do leite achocolatado em 6%.

A restauração vai passar a pagar 23%, mas o vinho mantém-se na taxa intermédia.

Na proposta final do Governo, o Governo pede autorização para poder legislar no sentido de «criar deduções em sede de IRS, IMI ou IUC correspondentes a um valor de até 5 por cento do IVA suportado, e efectivamente pago, pelos sujeitos passivos na aquisição de bens ou serviços».

O Governo ressalva, no entanto, que este valor ainda será posteriormente sujeito a um outro limite máximo.

O pedido de autorização legislativa do Governo insere-se num conjunto mais vasto de medidas onde se prevê que o Governo irá «aprovar um regime que institua e regule a emissão e transmissão electrónica de facturas e outros documentos com relevância fiscal».

 


Neste âmbito, o Governo pede ao Parlamento autorização para «estabelecer as regras que assegurem a fiabilidade e integridade da sequência das facturas, e outros documentos com relevância fiscal, emitidos electronicamente por sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português».

Ao mesmo tempo, o Governo quer «estabelecer as regras de segurança que garantam a autenticidade da origem, a integridade e o não repúdio das facturas, e outros documentos fiscalmente relevantes, emitidos electronicamente».

 

Imposto sobre veículos sobe até 11,4%

Aumentos dependem da cilindrada e das emissões de CO2

O Imposto Sobre Veículos (ISV) é também actualizado no Orçamento do Estado para 2012. No ano que vem, este imposto, que é composto por duas componentes (cilindrada e ambiental), regista subidas entre 7,66% e 11,42%.

A componente ambiental aumenta em média 12,88%, e a componente cilindrada sobe em média 5,25%.

O aumento mais baixo verifica-se nos carros a gasolina até 1.250 centímetros cúbicos de cilindrada e 115 gramas de CO2 por quilómetro. Já o aumento mais acentuada, cabe aos carros a gasóleo com mais de 1.250 centímetros cúbicos de cilindrada e mais de 160 gramas de CO2 por quilómetro.

 

Carros: imposto de circulação sobe entre 3,1% e 7,5%

 

O imposto único de circulação (IUC), que substituiu o antigo «selo do carro» vai ser actualizado 3,1% em 2012 em linha com a taxa de inflação prevista, de acordo com a proposta do Orçamento do Estado para o ano que vem, entregue esta segunda-feira pelo Governo na Assembleia da República.

«A generalidade das taxas de tributação dos veículos sujeitos a IUC é actualizada de acordo com a taxa de inflação esperada», refere o documento.

No entanto, e porque a actualização do imposto depende ainda cilindrada dos veículos e da sua componente ambiental, há carros que pagam mais. Por exemplo, procede-se a um agravamento, em 7,5%, da tributação sobre os veículos ligeiros de alta cilindrada, as embarcações de recreio e as aeronaves de uso particular.

 

IMI sobe para todos e triplica para devolutos

O Orçamento do Estado para 2012 prevê um aumento de 0,1 pontos percentuais no Imposto Municipal de Imóveis (IMI), sendo que o valor do imposto triplica para os prédios urbanos devolutos ou em ruínas.

Para os prédios urbanos que foram vendidos ou avaliados desde 2004, o IMI passa de um intervalo entre 0,2 e 0,4 por cento para um intervalo entre os 0,3 a 0,5 por cento, refere a versão final da proposta, a que a Lusa teve acesso.

Para os prédios que ainda não mereceram avaliação ao abrigo das novas normas, o valor sobre o qual incide o imposto passa a ser entre 0,5 por cento e 0,8 por cento, face ao anterior intervalo que ia dos 0,4 por cento aos 0,7 por cento.

«As taxas previstas (...) são elevadas, anualmente, ao triplo nos casos de prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano e de prédios em ruínas», refere a proposta final do OE para 2012.

Quando os detentores dos imóveis tenham sede fiscal em jurisdições com regime fiscal «claramente mais favorável, constantes de lista aprovada por portaria do ministro das Finanças», a taxa do imposto é de 7,5 por cento.

Sempre que o detentor do imóvel não concorde com a avaliação do valor, feita pelo Estado, pode continuar a contestá-la, mas terá de pagar do seu bolso a nova avaliação se não tiver razão.

«Ficam a cargo do sujeito passivo as despesas de avaliação efectuadas a seu pedido, sempre que o valor contestado se mantenha ou aumente», refere o documento.

«Ficam a cargo das Câmaras Municipais as despesas de avaliação de prédio urbano efectuada a seu pedido, sempre que, em resultado desta, não for dada razão à requerente na sua pretensão».

 


Funcionário Públicos : quem ganha mais de 650 euros perde mais de um subsídio

Afinal quem ganha menos de mil euros brutos não perde só um subsídio no ano que vem. O Orçamento do Estado para 2012, entregue esta segunda-feira pelo Governo da Assembleia da República, mostra que quem ganha a partir de 650 euros brutos, já perde mais de um subsídio.

Na altura em que anunciou a medida, o primeiro-ministro disse que, para quem ganhava mil euros brutos ou mais, eram eliminados os dois subsídios (férias e Natal), sendo que, para quem ganhava entre 485 e mil euros, seria aplicada uma taxa progressiva que equivaleria em média à perda de um desses subsídios.

 



Na verdade, é aplicada uma fórmula que faz com que, a partir dos 485 euros, essa taxa vá aumentando. Por exemplo, quem ganha 500 euros brutos, perde apenas 5,9% de cada um dos subsídios, quem ganha 550 euros perde 23 de cada um dos dois subsídios e quem ganha 650 euros perde praticamente metade de cada um dos subsídios. Ou seja, praticamente um subsídio inteiro.

Segundo o documento, para quem ganha entre 485 e mil euros brutos, aplica-se a seguinte fórmula: subsídios/prestações = 941,75 - 0.94175 X remuneração base mensal.

Assim, aplica-se a seguinte tabela (em que a 1ª coluna é o salário bruto e a 2ª é a penalização):

Salário de 485 euros - 0%
Salário de 500 euros - 5,9% de cada subsídio
Salário de 550 euros - 23% de cada subsídio
Salário de 600 euros - 37,2% de cada subsídio
Salário de 650 euros - 49,2% de cada subsídio
Salário de 700 euros - 59,6% de cada subsídio
Salário de 800 euros - 76,4% de cada subsídio
Salário de 900 euros - 89,4% de cada subsídio
Salário de 1.000 euros - 100% de cada subsídio

A medida abrange «todas as prestações, independentemente da
sua designação formal, que, directa ou indirectamente, se reconduzam ao pagamento dos subsídios a que se referem aqueles números, designadamente a título de adicionais à
remuneração mensal». Mesmo que os subsídios sejam pagos sob outra designação, não escapam.

Também os trabalhadores a recibos verdes na modalidade de avença perdem o direito aos subsídios, nos mesmos moldes que os funcionários públicos, já que a medida «abrange ainda os contratos de prestação de serviços celebrados com pessoas singulares ou colectivas, na modalidade de avença, com pagamentos mensais ao longo do ano, acrescidos de uma ou duas prestações de igual montante».

Calculo: os cortes nos pensionistas

Os reformados e pensionistas, quer sejam do sector público ou do privado, que recebam pensões superiores a mil euros mensais vão ficar sem os subsídios de férias e de Natal nos próximos dois anos, tal como os trabalhadores da função pública. Abaixo daquele patamar de rendimento também haverá cortes. 

Quem auferir pensões de valor superior ao salário mínimo (actualmente nos 485 euros), mas abaixo dos mil euros,  é igualmente abrangido  pela "medida excepcional de estabilidade orçamental", com as respectivas pensões a sofrerem um corte progressivo que corresponderá, em média, a receber apenas um dos  dois subsídios.

 

IRC : eliminada a taxa de 12,5%

 

Empresas com lucros tributáveis até 12.500 euros ou mais passam a ser tributadas a uma única taxa de IRC de 25%

O Governo eliminou a taxa de 12,5 por cento aplicável a empresas com lucros tributáveis até 12.500 euros, que passam agora a ser tributadas a uma taxa de 25 por cento, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2012 (OE2012).

De acordo com a proposta final do Governo, empresas com lucros tributáveis até 12.500 euros ou mais passam agora a ser tributadas a uma única taxa de IRC de 25 por cento.

 

 

Aumento horários no privado e redução feriados


O Governo vai permitir o aumento do horário de trabalho em meia hora diária no setor privado até 2013, reduzir o número de feriados e reajustar as datas de outros, segundo o relatório do Orçamento do Estado para 2012.

«Para contrariar o risco da deterioração económica, o Governo permitirá a expansão do horário de trabalho no setor privado em meia hora por dia durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira», ou seja, até ao final de 2013, lê-se no documento entregue na Assembleia da República.

O Governo afirma que vai reduzir o número de feriados e «reajustar» as datas de outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


21 outubro 2011

Frase do dia, do mês, do ano e do século



 

 

 

 


A CRISE segundo EINSTEIN

A crise segundo "Einstein"

 "Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".

Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."

Albert Einstein

Isto sim é ser inteligente!!!


Zezão parou o seu camião na frente da loja do turco Kaled e perguntou:

 

- Sr. Kaled tenho aqui um camião de arroz sem documento de transporte, o senhor quer?

 

- Claro que Kaled quer,  vira-se para o filho e diz:

 

- Kaledinho, vai para a esquina e se aparecer o Fiscal vens cá avisar.

 

Começam a descarregar o camião e no meio da descarga aparece o Kaledinho a gritar dizendo que o Fiscal vem lá.

 

- Pára tudo e volta a carregar, grita Kaled.

 

- Entretanto chega o Fiscal.

 

- Grande venda seu Kaled?

 

- A melhor venda que Kaled fez este ano.

 

- E essa mercadoria tem documento de transporte?

 

- Ainda não tem documento de transporte porque estou a espera para ver quanto leva o camião.

 

- Não pode diz o Fiscal. O documento de transporte tem de ser emitida antes de carregar!

 

- Ah... então pára tudo, que Kaled não quer problemas com a justiça!

 

- Descarrega tudo do camião e guarda dentro do armazém!...


18 outubro 2011

Definição de FILHO



Definição de filho por José Saramago:
      

"Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos,
de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.  
Perder? Como?  Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".

  Filhos são do mundo...
(José Saramago)

17 outubro 2011

5 Lições sobre como tratar as pessoas

1 - Primeira lição importante - Senhora da limpeza

Durante o meu segundo ano no ensino superior, o nosso professor deu-nos um teste.

Eu era um aluno consciente e respondi rapidamente a todas as questões até ler a última:

"Qual é o nome da mulher que faz a limpeza na escola?"

Isto só podia ser uma brincadeira. Eu tinha visto a mulher da limpeza inúmeras vezes.

Ela era alta, cabelo escuro, à volta dos 50 anos, mas como poderia eu saber o nome dela?

Eu entreguei o meu teste, deixando em branco a última questão. Mesmo antes da aula terminar, um dos estudantes perguntou se a última questão contava para nota.

"Absolutamente," respondeu o professor. "Nas vossas carreiras irão encontrar muitas pessoas. Todas são significativas. Elas merecem a vossa atenção e cuidado, mesmo que tudo o que vocês façam seja sorrir e dizer 'olá'."

Nunca esquecerei aquela lição. Também aprendi que o nome da senhora era Dorothy.

 

 2. - Segunda lição importante - Boleia na chuva

Uma noite, pelas 11:30 p.m., uma mulher de origem Africana, estava apeada numa auto-estrada do Alabama, a tentar aguentar uma valente chuva torrencial. O carro dela tinha avariado e ela precisava desesperadamente de uma boleia.

Completamente encharcada, ela decidiu fazer stop ao carro que se aproximava. Um jovem, branco, decidiu ajudá-la, apesar de isto ser uma atitude corajosa naqueles dias de racismo (década de 60). O homem levou-a até um lugar seguro, ajudou-a a resolver a sua situação e arranjou-lhe um táxi.

Ela parecia estar com muita pressa, mas mesmo assim tomou nota da morada do jovem e agradeceu-lhe.

Uma semana mais tarde batiam à porta do jovem. Para sua surpresa, uma televisão enorme era-lhe entregue à porta. Um cartão de agradecimento acompanhava a televisão.

Dizia:

"Muito obrigado por me ajudar na auto-estrada na outra noite. A chuva não só encharcou a minha roupa, como o meu espírito. Foi então que você apareceu. Por causa de si consegui chegar ao meu marido antes de ele falecer. Que Deus o abençoe  por me ter ajudado e ter servido outros de maneira tão altruísta.

Com sinceridade, Mrs. Nat King Cole."

 

 3 - Terceira lição importante - Lembra-te sempre daqueles que servem

 Nos dias em que um gelado custava muito menos do que hoje, um rapazinho de 10 anos entrou no café de um hotel e sentou-se a uma mesa. Uma empregada de mesa trouxe-lhe um copo de água.

"Quanto custa um gelado de taça?" perguntou o rapazinho.

"Cinquenta cêntimos," respondeu a empregada.

O rapazinho tirou do bolso uma mão cheia de moedas e contou-as.

"Bem, quanto custa um gelado simples?" perguntou ele.

A esta altura já mais pessoas estavam à espera de uma mesa e a empregada começava a ficar impaciente.

"Trinta e cinco cêntimos," respondeu ela com brusquidão.

O rapazinho contou novamente as suas moedas.

"Vou querer o gelado simples." Respondeu ele.

A empregada trouxe o gelado, colocou a conta encima da mesa, recebeu o dinheiro do rapazinho e afastou-se.

O rapazinho terminou o seu gelado e foi-se embora.

Quando a empregada foi levantar a mesa começou a chorar. Em cima da mesa, colocado delicadamente ao lado da conta, estavam 3 moedas de cinco cêntimos...

 Não sei se está a ver, mesmo tendo dinheiro suficiente, ele não comeu o gelado cremoso porque queria ter dinheiro para deixar uma gorjeta à empregada.

 

 4 - Quarta lição importante - O obstáculo no nosso caminho

 Em tempos antigos, um rei mandou colocar um enorme pedregulho num caminho. Depois escondeu-se e ficou a ver se alguém retirava a enorme pedra. Alguns dos comerciantes mais ricos do Rei passaram e simplesmente se afastaram da pedra, contornando-a. Alguns culpavam em alta voz o Rei por não manter os caminhos limpos. Mas nenhum fez nada para afastar a pedra do caminho.

Apareceu então um camponês, carregando um molho de vegetais. Ao aproximar-se do pedregulho, o camponês colocou o seu fardo no solo e tentou deslocar a pedra para a berma do caminho. Depois de muito empurrar, finalmente conseguiu. O camponês voltou a colocar os vegetais ás costas e só depois reparou num porta-moedas no sitio onde antes estivera a enorme pedra.

O porta-moedas continha muitas moedas de ouro e uma nota a explicar que o ouro era para aquele que retirasse a pedra do caminho. O camponês aprendeu aquilo que muitos de nós nunca compreendem!

 Cada obstáculo apresenta uma oportunidade para melhorar a nossa situação.

 

5 - Quinta lição importante - Dar quando conta

 Muitos anos atrás, quando eu trabalhava como voluntário num hospital, conheci uma pequena menina chamada Liz, que sofria de uma doença rara e muito grave. A sua única hipótese de salvamento parecia ser uma transfusão de sangue do irmão mais novo, de cinco anos, que já tinha tido o mesmo problema e sobrevivido milagrosamente, desenvolvendo anticorpos necessários para a combater. O médico explicou-lhe a situação da irmã e perguntou-lhe se ele estaria disponível para dar o seu sangue à sua irmã.

Eu vi-o a hesitar por uns instantes, antes de respirar fundo e dizer "sim, eu faço-o se isso a salvar."

À medida que a transfusão ía correndo, ele mantinha-se deitado ao lado da sua irmã, sorrindo. Todos nós sorríamos, vendo a cor a regressar à face da menina. Foi então que o menino começou a ficar pálido e o seu sorriso a desaparecer.

Ele olhou para o médico e perguntou-lhe, com a voz a tremer, "Será que eu começo a morrer já?".

Sendo muito jovem, o menino não compreendeu o médico; ele pensou que teria que dar todo o seu sangue à irmã para a poder salvar.


11 outubro 2011

Banco Central Europeu!

Esta é a explicação para crianças do que é o BCE, ou Banco Central Europeu, que me foi enviada por um amigo. Vejamos então:

O que é o BCE?
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.
E donde veio o dinheiro do BCE?
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.
E é muito, esse dinheiro?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.
Então, se o BCE é o banco destes Estados pode emprestar dinheiro a Portugal, ou não? Como qualquer banco pode emprestar dinheiro a um ou outro dos seus accionistas.
- Não, não pode.
Porquê?!
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.
Então, a quem pode o BCE emprestar dinheiro?
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.


Ah percebo, então Portugal, ou a Alemanha, quando precisa de dinheiro emprestado não vai ao BCE, vai aos outros bancos que por sua vez vão ao BCE.
- Pois.
Mas para quê complicar? Não era melhor Portugal ou a Grécia ou a Alemanha irem directamente ao BCE?
- Bom... sim... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!
Agora não percebi!!..

 

- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.
 

Mas isso assim é um "negócio da China"! Só para irem a Bruxelas buscar o dinheiro!
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.

Isso é um verdadeiro roubo... com esse dinheiro escusava-se até de cortar nas pensões, no subsídio de desemprego ou de nos tirarem parte do 13º mês.

 

As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.

Mas quem é que manda no BCE e permite um escândalo destes?
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.

Então, os Governos dão o nosso dinheiro ao BCE para eles emprestarem aos bancos a 1%, para depois estes emprestarem a 5 e a 7% aos Governos que são donos do BCE?
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6%, a 7 ou mais.

Então nós somos os donos do dinheiro e não podemos pedir ao nosso próprio banco!...
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

Mas, e os nossos Governos aceitam uma coisa dessas?
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.

Mas então eles não estão lá eleitos por nós?
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século para cá.
Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.

E onde o foram buscar?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...

Mas meteram os responsáveis na cadeia?
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.

E então como é? Comemos e calamos?
- Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...

 

Algum adulto estranha a explicação?! :))

 

HSC

Publicada por Helena Sacadura Cabral




05 outubro 2011

A Propósito de Educação Sexual

Hoje eu venho aqui falar de um tema que me sugere muitos e variados raciocínios: A Educação Sexual nas nossas escolas.
A Educação Sexual começou por ser legislada em 1984, com a Lei 3/84 - Direito à Educação Sexual e Planeamento Familiar. Desde então, nomeadamente em 1986, 1998, 1999 e em 2001, uma série de leis e decretos-lei foram saindo, mas a Educação Sexual, propriamente dita, nunca saiu do papel.
Foi preciso que uma Lei de 2009 (60/2009, de 6 de Agosto), à qual muitos chamaram de "Lei Sócrates para a Educação Sexual" colocasse o ensino no caminho certo e arrancasse, definitivamente, com a Educação Sexual nas escolas portuguesas.
Inicialmente, não faltou um "chorrilho" de críticas, pois a lei em causa "era precipitada", "mal elaborada", etc, etc. A verdade é que com determinação ela foi colocada no rumo certo. Pelo que vi (e vi de perto) os professores tiveram alguma dificuldade em arrancar, pois não tinham referências e tiveram que começar tudo desde a "estaca zero".
Elaboraram Projectos de Escola e planos de aulas, arranjaram os materiais e "foram para o terreno".
Percebi aqui e ali, a necessidade de algumas correcções ao caminho, a necessidade de contextualizar melhor as matérias abordadas, tanto com os alunos, como com os encarregados de educação (sobretudo e principalmente com estes...). E foi-se caminhando...
No primeiro ano lectivo (que não foi completo) as coisas funcionaram "benzinho", no segundo (o primeiro completo) a normalidade foi a norma.
Ou seja, em conclusão: podemos dizer, com toda a propriedade, que temos Educação Sexual nas Escolas portuguesas!
Porque estou a falar nisto agora: É que tive a oportunidade de saber que existe um projecto europeu designado de Projecto Comenius SENA, uma espécie de "Erasmus do ensino secundário", em que diversas escolas europeias estão a partilhar conhecimentos nas mais diversas áreas do conhecimento e do ensino, nomeadamente línguas, desporto, matemática, ecologia, saúde escolar e sexualidade.
Ora é precisamente neste último ponto que pretendo debruçar-me: é que, com o nosso muito próprio sentimento de "auto-comiseração", achamos que aquilo que fazemos não é bom, não prestamos para nada e fazemos tudo pela "rama", entre outros desabafos. Pois bem, recebi a notícia que o trabalho que está a ser feito em Portugal (e, convenhamos, o exemplo vem da Escola Secundária de Lousada, que aderiu a este projecto) é MUITO BOM e todos querem partilhar e "beber" do que aqui se faz para levar para os seus países e, notem bem, estou a falar dos seguintes países: Alemanha (!); Holanda (o primeiro ou um dos primeiros países a avançar com o casamento de pessoas do mesmo sexo); Itália; Espanha; Turquia, entre outros.
Nós o que fazemos, fazemos bem. Serve de exemplo. No nosso país há capacidade instalada para vencer quaisquer desafios. Precisamos de bons líderes, determinados e seguros das ideias que têm e pretendem para o país. E isso, meus amigos, não é fácil de encontrar.

P.S.: Para quem quiser obter mais informações sobre os temas aqui tratados pode acompanhar os seguintes sites:

01 outubro 2011

Virgem de Guadalupe

Virgem de Guadalupe