15 outubro 2025

Acerca da Maturidade Eleitoral do Povo Português

Tenho dito por aqui, que existe uma espécie de "consciência eleitoral coletiva" entre os eleitores.

O que quero dizer é que, genericamente, o povo, coletivamente e em democracia livre e aberta, diz o que quer e o que não quer.

Vamos refletir sobre o que se passou em Lousada este ano:

- Nas Eleições Legislativas de maio, os dois principais partidos tiveram esta votação:
1.º PPD/PSD + CDS-PP: 10.648 votos (36.03%)
2.º PS: 7.219 (24.43%)

- Nas Autárquicas deste outubro (5 meses depois), os resultados foram:
1.º PS: 16.591 votos (52.7%)
2.º PPD/PSD.CDS-PP.IL: 12.504 votos (39.7%)

Os números falam por si. Basicamente, o PS mais que duplicou e o PPD/PSD, apesar de subir cerca de 2.000 votos (vieram do IL?), não consegue ultrapassar o incumbente.


Porquê? O que aconteceu entre maio e outubro que faça as pessoas votarem diferente? Ainda há poucos dias o primeiro-ministro do país e presidente do principal partido da coligação, veio a Lousada apoiar uma candidatura e, mesmo assim, o povo que ainda há meses lhe deu a vitória, ignorou o seu peso nestas eleições.


Também é significativo perceber uma coisa muito simples e que até parece passar despercebida, entre as discussões sobre as autárquicas: neste tipo de eleição dão-nos 3 boletins e é incrível perceber o detalhe de maturidade que existe, ao votar diferente nesses boletins, num mesmo ato. E isto acontece por todo o país em maior ou menor grau ou direção política.

Mesmo quando vota em partidos fascistas, comunistas ou de margem, não podemos ignorar a consciência eleitoral coletiva do povo português.



01 outubro 2025

Portugal, 2025.10.01 | Ainda há liberdade de expressão



É bom saber que, por enquanto, em Portugal, há liberdade de expressão.

Até quando?

A propósito de um Multiusos em Lousada

No debate eleitoral que passou na TV entre os principais candidatos à Presidência da Câmara de Lousada, foi abordado o tema da construção de um Multiusos.

É relativamente fácil de perceber que o Auditório Municipal se tem revelado, por vezes, insuficiente para a atividade e qualidade que por lá tem passado. Apesar de recente reabilitação e melhoramentos, pode-se considerar pequeno e pode fazer sentido avançar para algo maior e moderno.
Daí, a construir um "elefante branco", é um salto cujo risco Lousada pode não querer correr. As ações têm consequências. E as consequências pagam-se em euros. A construção de um edifício de proporções exageradas para a dinâmica e tamanho das nossas ambições pode vir a revelar-se um erro fatal.
É preciso equilíbrio e muito bom senso. Há questões de dinâmica da comunidade e, obviamente, técnicas. A acústica não pode ser descurada, numa estrutura que pode albergar eventos deportivos e, de igual modo, eventos musicais de qualquer artista ou coletivo musical. Os riscos de problemas técnicos podem ser incomportáveis. Há casos conhecidos de insucesso.
No fervor da necessidade de apresentar propostas para conquistar eleitores, não pode ser esquecido o equilíbrio e o bom senso.
Para acabar, um pequeno exercício: Que bom que é estar a discutir a possibilidade de construir um Multiusos, com mais ou com menos capacidade!!! Podíamos estar a discutir a situação financeira do Município, por exemplo.
E não se discute, porque não é tema: o Município de Lousada respira saúde. Lousada tem uma dinâmica própria, que a gestão dos últimos anos alavancou.
Obrigado. Gostamos de viver em Lousada. Até nos podemos dar à "vaidade" de ter um Multiusos...


22 setembro 2025

Festival Filarmónico Sem Fronteiras 2025, Lousada | Atuação final das Bandas


Marcha "Lousadense", com participação conjunta da Banda Filarmónica de Lousada, Banda de Lousada e Banda da Agrupación Musical do Rosal (Pontevedra, Galiza, Espanha), que participaram no Festival.

09 agosto 2025

João Pedro Pais, Mentira | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Uma questão de fé | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Louco por ti | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, A nossa hora | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Ninguém é de ninguém | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Nada de nada | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Fazes-me falta² | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Fazes-me falta¹ | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, És do mundo | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Um volto já | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Não há ninguém como tu | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Havemos de lá chegar | Ao Vivo em Lousada

João Pedro Pais, Estás aí | Ao Vivo em Lousada

30 maio 2025

FIA World RX, Rallycross Lousada | 2025 Opening Ceremony

28 maio 2025

Acerca de um eventual Referendo sobre a Regionalização em Portugal

Em 08/11/1998 (há quase 27 anos, portanto) foi efetuado um Referendo ao Povo português, acerca da Regionalização.


O Parlamento decidiu colocar duas perguntas ao povo português:
- "Concorda com a instituição em concreto das regiões administrativas?"
- "Concorda com a instituição da região administrativa da sua área de residência?" 

(Esta segunda só teria efeito se a primeira fosse aprovada)


Nesse ato consultivo, votaram pouco menos do que 50% dos eleitores (48,1%, mais concretamente). 


De um universo de eleitores de 8.640.026, apareceram a responder um total de 4.157.527 eleitores.



Desses, 63,5% disseram "Não". Ou seja, 2.640.029 eleitores, disseram que não queriam a Regionalização.


Considerando a crónica tendência centralista deste país, a que governo algum conseguiu fugir, apesar de alguns ténues sinais que foram dados ao longo destes últimos 50 anos, poderíamos inferir que quem votou contra, foram sobretudo os eleitores da da área de Lisboa. Nada mais errado. De facto, o "Não" ganhou em todos os distritos do país, com um "score" menos evidente em alguns distritos do Alentejo.



Dado que resido no Distrito do Porto, e pelo contacto que vou tendo com outros cidadãos, tenho a sensação de que, pelo menos nos dias que correm, os eleitores poderiam estar mais dispostos a rever esta situação, dado que é perceptível a excessiva política centralista dos governos da nação. Tanto o Partido Socialista, como o Partido Social Democrata, que partilharam de forma mais ou menos alternada o governo, pouco mais do que medidas de "cosmética" fizeram, por forma a distribuir melhor a riqueza criada pelo país.


Planos e Grandes Projetos de Investimento (Programa 2020 e PRR, por exemplo) que este país tem assumido, estão praticamente todos relacionados com a área de Lisboa e Vale do Tejo, ou esta área ligados. Desde Estradas, Pontes e Aeroportos, Expansão do Metro de Lisboa, e outros grandes projetos, estão todos - ou quase - relacionados com Lisboa. Para o resto do país, com a honrosa exceção do Metro do Porto, os investimentos são de pequena ou média dimensão. São os privados quem mais investe no interior. O governo... nem por isso. Só o que liga essas regiões a Lisboa. E isso é, na verdade, de inegável interesse.


Agora, por causa dos partidos de Direita terem ganho as eleições de 18/05/2025 em Portugal, voltou à memória esse Referendo e - eventualmente - voltar a perguntar aos portugueses o que pensam.

Além disso, ocorreu uma efetiva alteração geracional nestas quase 3 décadas. Os mesmos cerca de 2 milhões e 600 mil eleitores que votaram contra a Regionalização poderão não estar todos vivos, é certo, mas  também poderão ter mudado de opinião. Mesmo que academicamente assumíssemos que votariam hoje igual, seriam, grosso modo, 28,4% do universo de eleitores de hoje a dizer "Não" a uma eventual regionalização.

Contudo, o país mudou. É justo que menos de um terço da população inviabilize uma alteração fundamental num país tão centralizado como o nosso?

Tenho as minhas dúvidas que avance qualquer referendo. O partido vencedor destas eleições, PSD, a par do PS, nunca mostraram muita vontade de partilhar a riqueza gerada pelo país, fora de Lisboa. O partido Chega (extrema direita, fascistas) não parece, na sua essência, gostar de partilhar decisões com o resto do país. O que dizem não é de confiar. E o que pensam, não é favorável.

Por isso, à data que escrevo estas linhas, eu daria 98% de hipóteses de ficar tudo como está e ninguém perguntar ao povo português aquilo que não querem, depois, ter que aplicar...


Lousada, 28 de maio de 2025

27 maio 2025

Domingos Moreira, Boas vindas

13 maio 2025

Phase Transition, The Other Side - Guitar Playthrough